sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ABIMAD Inverno 2011. Show!

Com o tema “Design conecta pessoas e negócios” a ABIMAD – Feira Brasileira de Móveis e Acessórios da Alta Decoração – aconteceu em São Paulo, de 27 a 30 de Julho, no Centro de Exposições Imigrantes. Na noite do dia 28 de julho, a ABIMAD Inverno preparou um show exclusivo com Vanessa da Mata. A cantora entrou no palco às 20 horas e cantou especialmente para os visitantes da feira ABIMAD. Foram duas horas de festa e confraternização entre todos os setores que ligam a indústria moveleira e de decoração nacional. No cardápio: coquetel, drinques, champanhe e boa música.




Após o show, Vanessa da Mata recebeu a jornalista da Revista HALL ABIMAD, Caroline Scharlau, para uma entrevista exclusiva em seu camarim. Acompanhe.

Na hora de decorar a sua casa, o que você prioriza?

Conforto aliado com design. Eu gosto muito de anos 50, anos 60, Artdecô, eu misturo um pouco as coisas. Tem a ver também com a questão da sustentabilidade, gosto do móvel que possa se renovar, alguma coisa antiga que de repente eu misturo com o moderno. O que eu curto mesmo são coisas mais antigas, que têm uma madeira incrível que não existe mais, como um móvel de 1950 misturado com outro completamente moderno que não seja de madeira. Além do que é sustentável, também gosto de material exposto na arquitetura da casa, ou com ganchos que possa colocar plantas dentro do próprio concreto e muito vidro. A minha casa é a minha cara, se não for assim eu não consigo morar dentro dela.

Você defende a causa da ecologia e do conceito de sustentabilidade?
 
Defendo super. Sempre defendi, desde criança. Eu tive um pai fazendeiro que desmatava e eu fui completamente contra a essa história, e então ele virou, foi convertido por mim (risos). Hoje, lá onde nasci (Alto Garças, Mato Grosso, uma pequena cidade há 400 quilômetros de Cuiabá) é um lugar que foi completamente desmatado, é uma região desértica em que as onças aparecem na cidade para comer galinha, tem muito bicho por lá. E eu fui uma das primeiras pessoas a defender e a me arriscar em prol da questão do desmatamento. Depois que eu vim para cá (Eixo Rio-SP), esse é um assunto que me deixa sempre arrasada. Eu sempre falo, mas eu não consigo me envolver tanto porque é um assunto me desgasta extremamente. Eu não consigo entender essa autodestruição.

Você acha que o Brasil está despertando para as questões ecológicas?

Eu acho que é uma questão de educação. E isso é muito mais profundo do que só falar para alguém: - “você não pode desmatar”. E ai? Ele vai comer o que? Vai fazer o que? Deve haver uma reação conjunta. O governo entrar com propaganda, com educação e trabalhar com a sustentabilidade, por exemplo, com colares de sementes de árvores que estão desmatando. É uma questão de vontade política. Tem muita gente da alta ganhando dinheiro com isso, muita gente que faz lei e está se beneficiando. É uma questão de consciência, de movimento.

E qual é o papel do artista nesse movimento?

É falar. Não ter medo. Se revoltar. E uma hora, quem sabe, possa existir um movimento que estanque isso de alguma forma.

Em casa, você recicla?

Sim. E ando de bicicleta. Eu acho que isso também tem a ver com a conscientização. Esses dias eu vi uma Bicicleta Fantasma, que é aquele movimento mundial em que pintam uma bicicleta de branco onde alguém foi vítima de algum acidente de bike e penduram ela em um poste próximo ao acidente, como se fosse uma cruz. Estão fazendo isso como uma forma de conscientizar às pessoas. Realmente choca, pois isso é mais que ver uma cruz, nós estamos acostumados com a cruz, mas a bicicleta me deu uma sensação muito maluca. Impressiona.
Fotos: Maíra Allemand

Um comentário:

  1. Parabéns Mosinha, estou acompanhando o teu trabalho e o teu sucesso. Beijos

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